No primeiro dia do ano 2009 há duas coisas inevitáveis – pensar no que poderá vir a ser o ano que se aproxima, e passar em revista o ano que agora termina.
Sentado no conforto da minha mesa de trabalho, procuro imagens que tenham marcado o ano 2008. Duas páginas de notas e trinta minutos de internet depois, a realidade não é animadora e o que mais se pode e deve pedir para 2009 é que seja um ano realmente melhor para todo o mundo. Catástrofes naturais, guerras e fome mundial preenchem 80% das imagens que é possível encontrar dos últimos doze meses.
Homens, mulheres e crianças mortas aos milhares em cenários de guerra como o Iraque, o Afeganistão, a Faixa de Gaza ou a Geórgia invadida pela Rússia;
Mulheres e crianças subnutridas em países como Etiópia, Eritreia, Somália, Sudão, Quénia ou Uganda.
A isto podemos juntar ainda a onda de violência interna na Grécia.
Mas a nível internacional vamos destacar como grandes marcas de 2008:
- Em primeiríssimo plano o chamado fenómeno Obama – depois de quase um ano de campanhas os americanos escolhem para a presidência dos Estados Unidos da América o Afro-americano Barack Obama, o primeiro negro a chegar à Casa Branca e a trazer aos americanos e ao mundo uma lufada de esperança no poder da democracia e no futuro de todo o mundo.
- Fidel Castro, o dinossauro sul-americano, abdica do poder que entrega ao seu irmão Raul, porém ninguém acredita que ele deixe de ser a sombra de Cuba.
- Realizam-se os Jogos Olímpicos de Pequim e a China mostra ao mundo o que de melhor e pior tem o seu regime.
- A Espanha sagra-se campeã europeia de futebol, num campeonato em que Portugal mostra a mais pálida imagem da sua capacidade.
Cá por casa e no que ao nosso Portugal diz respeito, a crise financeira e os casos do BPN e do BPP dominam os casos de 2008, mas há mais:
- A proposta avaliação dos professores deixou a classe em polvorosa e realizaram-se as mais mediáticas manifestações de sempre, num braço de ferro entre o governo e os docentes que promete continuar.
- A Assembleia da República aprova um acordo ortográfico demonstrativo da indisfarçável mediocridade e imbecilidade dos deputados da nação que votaram a favor deste diploma vergonhoso.
- Cavaco Silva promulga a polémica nova lei do divórcio.
- Começaram as alegações finais do caso Casa Pia.
- Manuela Ferreira Leite é eleita presidente do PSD.
- O cineasta Manuel de Oliveira completa 100 anos de idade.
- Morre o escritor António Alçada Baptista
- O estatuto político-administrativo dos Açores abre a guerra que se esperava entre o Presidente da República e o governo da maioria PS.
Para 2009 não há grandes previsões e as que há são por si só previsíveis.
- A crise financeira mundial terá a sua maior factura em pagamento este ano, dizem os entendidos e copiam os desentendidos.
- Os cenários de guerra em todo o mundo vão continuar, porém há na mente de todos uma nova esperança chamada Barack Obama.
- Em Portugal é ano de eleições, autárquicas e legislativas, e o Partido Socialista deverá ser o vencedor destas contendas, não sem ter que ultrapassar alguns obstáculos, a saber: conquistar o milhão de votos que pertencem a Manuel Alegre, compensar os votos dos professores que não vai ter, e, mais difícil, anular a guerra que lhe vai mover Cavaco Silva, que está furibundo por ter perdido a contenda dos Açores e porque sabe que o seu partido está entregue a uma bicharada que a senhora idosa é manifestamente incapaz de controlar. Basta ter ouvido com atenção o discurso de Ano Novo de Cavaco Silva aos portugueses para perceber que o verniz estalou e a máscara caiu. Falou da “imagem da política interna no exterior”, da “Estagnação económica dos últimos anos”, disse que “as ilusões pagam-se caro”, falou ainda das “querelas entre os políticos”, sublinhou o desemprego e as dificuldades actuais dos portugueses e disse que as políticas não deverão ser encaradas apenas para 2009, mas também para os anos seguintes, ou seja, para depois das eleições legislativas deste ano – “Acredito num futuro melhor em 2009, mas também nos anos que vêm a seguir” – disse – e só lhe faltou apelar à mudança. O Presidente da República tentou uma forma subtil de atingir Sócrates e o PS, porém, os portugueses não são assim tão estúpidos e se há coisa que é certa é que continuarão a não ser em 2009 nem nos anos seguintes. Ficou a sensação de que uma máscara caiu em plena cena, resta agora saber que futuro nos reserva o que intenções estarão por detrás dessa máscara no ano que agora começa. Uma coisa é certa, em 2009 continuará a ter razão o pensador Voltaire quando escreveu que “-Se não encontrarmos nada agradável, ao menos devemos encontrar algo novo.”
Sentado no conforto da minha mesa de trabalho, procuro imagens que tenham marcado o ano 2008. Duas páginas de notas e trinta minutos de internet depois, a realidade não é animadora e o que mais se pode e deve pedir para 2009 é que seja um ano realmente melhor para todo o mundo. Catástrofes naturais, guerras e fome mundial preenchem 80% das imagens que é possível encontrar dos últimos doze meses.
Homens, mulheres e crianças mortas aos milhares em cenários de guerra como o Iraque, o Afeganistão, a Faixa de Gaza ou a Geórgia invadida pela Rússia;
Mulheres e crianças subnutridas em países como Etiópia, Eritreia, Somália, Sudão, Quénia ou Uganda.
A isto podemos juntar ainda a onda de violência interna na Grécia.
Mas a nível internacional vamos destacar como grandes marcas de 2008:
- Em primeiríssimo plano o chamado fenómeno Obama – depois de quase um ano de campanhas os americanos escolhem para a presidência dos Estados Unidos da América o Afro-americano Barack Obama, o primeiro negro a chegar à Casa Branca e a trazer aos americanos e ao mundo uma lufada de esperança no poder da democracia e no futuro de todo o mundo.
- Fidel Castro, o dinossauro sul-americano, abdica do poder que entrega ao seu irmão Raul, porém ninguém acredita que ele deixe de ser a sombra de Cuba.
- Realizam-se os Jogos Olímpicos de Pequim e a China mostra ao mundo o que de melhor e pior tem o seu regime.
- A Espanha sagra-se campeã europeia de futebol, num campeonato em que Portugal mostra a mais pálida imagem da sua capacidade.
Cá por casa e no que ao nosso Portugal diz respeito, a crise financeira e os casos do BPN e do BPP dominam os casos de 2008, mas há mais:
- A proposta avaliação dos professores deixou a classe em polvorosa e realizaram-se as mais mediáticas manifestações de sempre, num braço de ferro entre o governo e os docentes que promete continuar.
- A Assembleia da República aprova um acordo ortográfico demonstrativo da indisfarçável mediocridade e imbecilidade dos deputados da nação que votaram a favor deste diploma vergonhoso.
- Cavaco Silva promulga a polémica nova lei do divórcio.
- Começaram as alegações finais do caso Casa Pia.
- Manuela Ferreira Leite é eleita presidente do PSD.
- O cineasta Manuel de Oliveira completa 100 anos de idade.
- Morre o escritor António Alçada Baptista
- O estatuto político-administrativo dos Açores abre a guerra que se esperava entre o Presidente da República e o governo da maioria PS.
Para 2009 não há grandes previsões e as que há são por si só previsíveis.
- A crise financeira mundial terá a sua maior factura em pagamento este ano, dizem os entendidos e copiam os desentendidos.
- Os cenários de guerra em todo o mundo vão continuar, porém há na mente de todos uma nova esperança chamada Barack Obama.
- Em Portugal é ano de eleições, autárquicas e legislativas, e o Partido Socialista deverá ser o vencedor destas contendas, não sem ter que ultrapassar alguns obstáculos, a saber: conquistar o milhão de votos que pertencem a Manuel Alegre, compensar os votos dos professores que não vai ter, e, mais difícil, anular a guerra que lhe vai mover Cavaco Silva, que está furibundo por ter perdido a contenda dos Açores e porque sabe que o seu partido está entregue a uma bicharada que a senhora idosa é manifestamente incapaz de controlar. Basta ter ouvido com atenção o discurso de Ano Novo de Cavaco Silva aos portugueses para perceber que o verniz estalou e a máscara caiu. Falou da “imagem da política interna no exterior”, da “Estagnação económica dos últimos anos”, disse que “as ilusões pagam-se caro”, falou ainda das “querelas entre os políticos”, sublinhou o desemprego e as dificuldades actuais dos portugueses e disse que as políticas não deverão ser encaradas apenas para 2009, mas também para os anos seguintes, ou seja, para depois das eleições legislativas deste ano – “Acredito num futuro melhor em 2009, mas também nos anos que vêm a seguir” – disse – e só lhe faltou apelar à mudança. O Presidente da República tentou uma forma subtil de atingir Sócrates e o PS, porém, os portugueses não são assim tão estúpidos e se há coisa que é certa é que continuarão a não ser em 2009 nem nos anos seguintes. Ficou a sensação de que uma máscara caiu em plena cena, resta agora saber que futuro nos reserva o que intenções estarão por detrás dessa máscara no ano que agora começa. Uma coisa é certa, em 2009 continuará a ter razão o pensador Voltaire quando escreveu que “-Se não encontrarmos nada agradável, ao menos devemos encontrar algo novo.”
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